quarta-feira, 23 de março de 2016

O coelhinho branco

O coelhinho branco



Com os prados cobertos de neve
Alimento o coelhinho branco buscava
Entre os arbustos, em uma busca breve
P’ra saciar a fome que o devorava

Mas eis que bem no alto, lá do céu
Uma ave de rapina o espiava
E num vôo picado, asas ao léu
Sobre ele, qu’em pensamento degustava

Jogou todo furor naquele vôo vertical
Mas, o coelhinho branco e manso não dormia
Percebendo o risco do vôo descomunal
Rápido como um raio na neve se escondia

Entrando de baixo da neve, a águia enganou
E esta, na fúria rasgando os céus. bateu seu bico
De encontro ao chão, onde parte dele quebrou.
A águia, não desistiu de seu petisco rico

Em nova arremetida se aventurou
O coelhinho branco que nos arbustos comia
Percebeu o vôo que do céu a pique singrou
E, novamente na neve se escondia

D águia hiante, o bico agora pendia
E o coelhinho branco, manso e pequenino
Livrou-se da águia cruel que o perseguia
E para sempre viveu em harmonia.
  
São Paulo, 06/08/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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